Mini Cursos

Mini Curso 1: ÉTICA E SUBSTITUIÇÃO NO PENSAMENTO DE EMMANUEL LEVINAS. Prof. Ubiratane de Morais Rodrigues – UFMA/NEPHECC

Este minicurso tem o objetivo de apresentar a Ética como Substituição a partir da obra Autrement qu’être ou au-delà de l’essence (Outramente que ser ou além da essência). Para tanto, apresentaremos a linguagem como pilar da estrutura ética do pensamento de Levinas. Logo em seguida, apresentaremos como Levinas a partir da linguagem pensa a constituição da subjetividade. Partiremos da crítica ao sujeito da modernidade e a ruptura radical com este. Em seguida apresentaremos a constituição do sujeito fora da consciência-de-si.  Levinas contesta a origem do sujeito na consciência. Assim chegamos à parte central deste minicurso: a apresentação da Ética como Substituição, pois esta não é uma tomada de consciência. Para tanto apresentaremos como a Substituição está ligado diretamente à responsabilidade que no Dizer é exposição e resposta ao Outro. Ou seja, na proximidade onde o para do um-para-o-outro é sua condição. Na Ética como Substituição temos a condição humana por excelência, nela a Ética é mais originária que a ontologia, pois ser suporte não é entrar numa relação de reconhecimento, ser suporte é doação, subjetividade resposta, anárquica ao próprio sujeito, que já expulso de si não retorna a si pela consciência, mas em direção ao Infinito responde sempre em palavra profética.

Palavras-chave: Substituição. Ética. Subjetividade. Linguagem. Levinas.

Mini Curso 2: A Teoria da Justiça de John Rawls. Prof. Ms WESCLEY FERNANDES A. FREIRE - UFMA

EMENTA: Através do estudo das principais obras e textos secundários de John Rawls este mini-curso procura apresentar um dos mais importantes referenciais teóricos contemporâneos quanto à abordagem do problema da Justiça na Pós-Modernidade e sua articulação aos temas da Igualdade, da Liberdade, da Democracia e do Direito.

CONTEÚDO:

 A TEORIA DA JUSTIÇA LIBERAL DE JOHN RAWLS

1. A fundamentação de uma teoria ético-política da Justiça
2. Liberdade, Igualdade e Cidadania: a “Posição Original” ou das Condições do Contrato e os Princípios Políticos de Justiça
3. Igualdade e distribuição dos bens
4. Instituições sociais, Participação Política e Justiça
5. Justiça Distributiva, Equidade e Estado
6. Os limites e a crítica à teoria rawlsiana da Justiça.

 

Mini Curso 3: A Filosofia e a questão do método. Prof. Ms. Rodrigo Antonio Iturra Wolff - UFMA

Curso: Metodologia da pesquisa

A Filosofia e a questão do método

Por que o método é uma necessidade para a filosofia? Por que o exercício do filosofar necessita de um método? Por que a filosofia faz do método uma questão? Afinal, o que é método? Como revela a etimologia do termo (meta – hodos), trata-se de uma rota, um caminho (hodos) em direção a um fim (meta). Portanto, pode definir método como conjunto dos procedimentos racionais que nos permitem chegar a um objetivo. Trata-se de uma sequência ordenada de procedimentos lógicos que nos fazem caminhar seguindo uma démarche ordenada e segura. Praticar o método filosófico significa conduzir a razão e o pensamento por meio de alguns princípios fundamentais. 

A idéia de bem conduzir a razão nos leva a um debate que traz a influência de inúmeros pensadores que apresentam seus pensamentos. Mais do que autores eles são autorias, marco de fundamentação de pensamentos. Estes conduzem o pensamento por meio de algumas regras fundamentais. Tais regras se apresentam como guias do sujeito em sua busca de verdade. Mas o que entendemos por regra? Segundo René Descartes no Discurso do método (1637) regra designa uma norma diretiva que prescreve o que devemos fazer para chegar a um resultado. Mas, quais regras podem ser tomadas como úteis ou essenciais ao trabalho filosófico?

Desenvolveremos um exercício de nossas faculdades cognitivas em torno da seguinte proposta: Por que a filosofia faz do método uma questão?